Hollywood está ficando sem ideias, então é muito comum ver toneladas de remakes, reboots, etc… A maioria de qualidade fraca e que dependem muito do original para funcionar.
Na trama, um grupo de adolescentes da Rua Elm começa a ter pesadelos com um homem de rosto queimado e uma luva de garras metálicas, chamado Freddy Krueger. Morrendo nos sonhos, eles morrem na vida e real e devem descobrir quem é o sujeito e como fazê-lo parar.
Reinventar um grande ícone do terror parece uma tarefa impossível e arriscada, principalmente se você troca o ator que o imortalizou. Mas o diretor estreante Samuel Bayer encara o desafio e não só presta uma homenagem decente ao original, como cria novos elementos (o passado de Krueger é mostrado de maneira madura e sinistra) e mostra que tem boa mão para a direção visual e de elenco (a cena em que Nancy caminha descalça na neve é bela). A história é bem contada e desenvolvida de maneira crível (apesar de alguns furos) e misteriosa.
Jackie Earle Haley constrói o seu próprio Freddy Krueger sem precisar de influências ou elementos de Robert Englund. Seu maníaco é mais humano, crível, sério (nem tanto) e tem seu passado mais esclarecido; e o ator o encarna com perfeição, conseguindo, veja só, causar medo (seu visual remete a queimaduras mais realistas). O elenco adolescente não é ruim como a maioria dos filmes de terror (como Premonição e Sexta-Feira 13). Rooney Mara e Kylle Galner estão ótimos em seus papeis, além de terem boa química em cena. O mesmo não pode ser aplicado a Katie Cassidy e Thomas Dekker, que são forçados e inexpressivos.
O principal erro do filme é provavelmente a falta de originalidade na construção dos pesadelos. Os poderes e habilidades de Freddy poderiam ser mais explorados, como na sinistra cena onde o chão da casa de Nancy transforma-se em sangue. O longa precisava de mais cenas assim, mas o objetivo foi alcançar um assassino mais realista. No entanto, quando os personagens começam a sonhar acordados, a montagem e a edição de som são caprichadas.